quarta-feira, 6 de abril de 2011

Fotossíntese artificial

Por que criar novas formas de gerar energia limpa, quando podemos copiar o que as plantas estão fazendo há milênios?
O pesquisador Daniel Nocera, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), se inspirou na vegetação para desenvolver a primeira folha artificial que realiza fotossíntese. A folha, na verdade uma célula solar do tamanho de uma carta de baralho, usa a energia da luz do sol para gerar eletricidade, que divide água em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio e o oxigênio produzidos podem, então, alimentar uma célula combustível para gerar energia limpa.
Em 2008, Nocera revestiu um eletrodo de óxido de estanho-índio com uma combinação de cobalto e fosfatos para catalisar o processo de separação da água. No ano passado, a equipe de Nocera revelou um dispositivo ainda mais barato de separação da água baseado em cobalo e níquel. Nos testes, a folha artificial funcionou continuamente por 45 horas sem reduzir a produção.
Ao utilizar materiais baratos e abundantes, Nocera espera finalmente desenvolver um dispositivo que poderia gerar energia para uma casa de um país em desenvolvimento usando apenas quatro litros de água por dia. Sua empresa, a Sun Catalytix, em Cambridge, Massachusetts, está tentando comercializar a tecnologia de fotossíntese artificial. A empresa indiana Tata já fechou um acordo com Nocera para o desenvolvimento de uma pequena usina de energia baseada nesta tecnologia.
Nesta semana, quatro equipes de pesquisa dos Estados Unidos e do Reino Unido receberam US$ 10,3 milhões em financiamento para melhorar o processo de fotossíntese artificial. As equipes estão buscando tecnologias para superar as limitações no processo, como gargalos naturais no processo químico. Eles esperam que o trabalho aumente a eficiência da produção de alimentos e gere energia limpa. (fonte: revista Galileu)

Agora reflita um pouquinho: Porque o governo insiste em construir angra 3 enquanto pode investir em pesquisa e colocar uma maravilha dessas no Brasil ?